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Live da Asfoc debate saúde e desenvolvimento na crise da pandemia

30/09/2020

A Asfoc-SN promoveu ontem (29/09) mais uma rodada de debates do painel do Sindicato. Sob o tema “Saúde e desenvolvimento – desafios para o SUS e para a Saúde na crise”, o ex-ministro José Gomes Temporão e o coordenador de Prospecção da Presidência da Fiocruz, Carlos Gadelha, colocaram como ponto central as dimensões sociais e econômicas sobre o assunto.

O presidente da Asfoc, Paulo Garrido, convocou os trabalhadores para o Dia de Mobilização Nacional em Defesa dos Serviços Públicos, nesta quarta-feira (30/09). “Entre outros pontos, as mobilizações do dia devem contrapor-se à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, que traz a primeira fase da Reforma Administrava de Bolsonaro-Guedes. A medida afeta drasticamente o funcionalismo público e a prestação de serviços públicos no Brasil”, afirmou Paulinho.

A vice-presidente do Sindicato, Mychelle Alves, chamou a atenção para as populações vulnerabilizadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em especial os idosos. De acordo com ela, famílias inteiras dependem de suas aposentadorias ou pensões. Para Mychelle, a situação se agrava ainda mais ao introduzir componentes como gênero e raça.

“Precisamos apoiar fortemente as mulheres que sustentam as famílias sozinhas. É preciso fortalecer os laços de solidariedade e os pactos intergeracionais. As comunidades estão respondendo à crise praticamente sozinhas. Precisamos de saídas estruturantes, que contem com a participação dessa enorme parcela da população. Precisamos de renda mínima permanente. Precisamos gerar emprego via saneamento básico e urbanização das comunidades. Precisamos gerar emprego via investimentos em infraestrutura. Precisamos gerar emprego e combater a dependência via investimentos no complexo econômico e industrial da saúde”, ressaltou.

Para José Gomes Temporão, a discussão do tema da live é fundamental no atual momento do País. Projetar os desafios para a saúde brasileira, nas relações entre saúde e desenvolvimento, não é tarefa fácil neste contexto dramático da pandemia. Apesar disso, destacou três possibilidades centrais para o futuro do Brasil: a dimensão da saúde para o campo econômico; para a construção da cidadania e da qualidade de vida; e no desenvolvimento humano.

“O SUS tem grandes dificuldades, mas temos o sistema estruturado em base nacional, que tem mostrado grande capacidade de resposta e resiliência na pandemia. Mas está sendo atacado, fragilizado, desfinanciado (pelo governo)”, criticou o ex-ministro da Saúde.

Para Carlos Gadelha, duas questões devem ser consideradas ao se debruçar sobre a dimensão econômica no campo da saúde e do sistema produtivo tecnológico brasileiro: a saúde é um espaço de geração de emprego, renda, investimentos, conhecimento estratégico e soberania do desenvolvimento econômico e tecnológico de inovação; e a produção, inovação e tecnologia devem estar a serviço da humanidade – subordinadas a uma visão de Estado.

“Esse sistema produtivo tecnológico de inovação gera expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para que tenhamos um sistema universal em nosso país”, frisou Gadelha. Ele acrescentou ainda ter sido uma honra participar do evento digital da Asfoc, “que luta pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz, mas também por um projeto nacional de país, com convergência de uma visão sanitária, social, comprometida com o desenvolvimento, com a visão econômica, com a moral, a ética, os direitos humanos e a soberania do país”.

Acesse a íntegra do debate virtual no link: https://www.facebook.com/asfocsn/videos/3010131465758266/

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