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Em entrevista à Asfoc-SN, Prêmio Nobel da Paz denuncia golpe à democracia no Brasil

17/04/2018

“A democracia na América Latina está em sério perigo. E, no Brasil, mais que em perigo, está numa situação de extremo risco. Começou com o golpe de Estado à Dilma, e agora isso que está acontecendo com o ex-presidente Lula. Ele está pagando o preço mesmo sem elementos jurídicos para condená-lo. O pecado de Lula é só um: tirar mais de 30 milhões de brasileiros e brasileiras da linha da extrema pobreza e dando sentido às suas vidas. Esse golpe é um grande perigo para a democracia latino-americana.” 

Foi assim que Adolfo Pérez Esquivel*, prêmio Nobel da Paz, definiu o atual momento político vivido pelo Brasil e por toda a América Latina. Em entrevista à Asfoc-SN, na noite de ontem (16/04), o ativista de direitos humanos argentino comentou sobre a crise institucional e política no Brasil e nos demais países latino americanos.
Com simpatia, conversou também com o presidente do Sindicato, Paulo Garrido, e recebeu o jornal da Asfoc durante uma homenagem à vereadora carioca assassinada Marielle Franco e ao seu motorista Anderson Gomes (também morto no dia 14 de março deste ano), na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, no centro do Rio. 
Durante a homenagem, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participou da Mesa solene com personalidades importantes da Faculdade de Direito e defensores dos Direitos Humanos. Nísia citou o Sindicato como agente importante na luta pela democracia.
“Não há paz se não há democracia autêntica. Queria saudar os companheiros da Fundação Oswaldo Cruz e do Sindicato dos Trabalhadores, a Asfoc. Sempre debatemos sobre direitos humanos e sobre a necessidade de lutar pela democracia. É necessário ocuparmos espaços públicos, denunciando crimes como a execução de Marielle Franco e Anderson Gomes. É muito bom ter aqui uma pessoa com a grandeza de Adolfo Pérez Esquivel para fazer ecoar sua voz tão potente na defesa desses direitos.”
Durante a homenagem, outras vozes também ecoaram, como a de Monica Tereza Benício, viúva de Marielle, Agatha Gomes, esposa de Anderson, assim como políticos, assessores e outros que defenderam o legado da vereadora e lutam pela democracia. Os detalhes sobre o evento e a entrevista serão publicados numa matéria especial no próximo Jornal da Asfoc.

*Esquivel é escultor e arquiteto e lutou contra a violência e enfrentamento de crimes de tortura nas ditaduras militares latino-americanas nos anos 70.

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