Nesta terça-feira (16), aconteceu a Assembleia Extraordinária Geral da Asfoc. Realizada remotamente e com participação expressiva, a reunião foi crucial para deliberar pautas relacionadas à proposta do governo sobre o aumento nos benefícios de trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
O encontro também serviu para fortalecer a jornada de luta pelo reajuste salarial, reestruturação de carreira e das pautas específicas que serão tema da reunião da mesa específica com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos desta quarta-feira (29), em Brasília.
Na condução da Assembleia, Paulo Garrido, presidente do sindicato, comentou sobre a ida da Asfoc nas regionais e nos campus da Fiocruz que estão sendo realizadas desde o mês de abril. Ele reiterou a necessidade de ampliar a construção coletiva no aumento da mobilização a partir dos encaminhamentos obtidos ao longo da reunião.
Paulinho apresentou aos participantes a proposta geral do governo com o reajuste dos benefícios (auxílio-saúde, auxílio-creche e auxílio-alimentação), indicada na Mesa Nacional de Negociação na última semana, além de sinalizar a ideia do Executivo de uma alteração nos métodos de negociação da recomposição salarial nas mesas específicas.
Segundo o governo, seriam apresentadas ao funcionalismo público propostas semelhantes a, aproximadamente, dez carreiras que já aceitaram acordo. Ao mesmo tempo, Garrido reiterou que o sindicato não irá ceder em nenhuma das exigências pelas quais segue lutando.
“A posição da diretoria da Asfoc é de não abrir mão de nenhuma das nossas pautas e reivindicações. A ideia de “reajuste zero não” para 2024 segue na mesa específica”, afirmou Garrido.
Após considerações, dúvidas e opiniões dos(as) participantes, as deliberações discutidas foram colocadas em votação, com ampla maioria a favor no encaminhamento geral. Foram as seguintes:
- Assinar o termo de compromisso em relação à implementação imediata do reajuste dos benefícios, com um acordo parcial, sem abrir mão das pautas e reivindicações da Asfoc, em trabalho com a maioria da bancada na Câmara;
- Abraço simbólico ao Castelo em defesa da valorização salarial no dia 29 de abril, às 16h, com concentração às 15h;
- Convocação de uma assembleia híbrida após reunião com o governo, para atualizações nos rumos do movimento;
- Acelerar assembleias nas unidades;
- Atualizar o índice específico Fiocruz relativo às perdas salariais a partir de 2010;
- Ampliar a participação de atores políticos, envolvendo nomes de destaque na ciência e da cultura, para apoio aos trabalhadores da Fiocruz.