A Asfoc-SN participou do debate “Somos todos franceses: como os ideais de razão, liberdade, igualdade e fraternidade nos tornaram modernos”, com o jornalista e escritor Arthur Dapieve, hoje (26/10), no Pavilhão Arthur Neiva.
Durante o evento, o presidente do Sindicato, Paulo Garrido, prestou homenagem ao pesquisador Luiz Fernando Ferreira, que faleceu na segunda-feira (22/10). Em seguida, Paulinho repudiou a retirada de materiais dos sindicatos e universidades pela Polícia Federal e pelo Tribunal Regional Eleitoral, e comentou sobre suas preocupações em relação à democracia brasileira aos debatedores.
“O temor é válido. Temos que ver como a sociedade democrática agirá diante de uma onda autoritária, mas é bom esperar para ver o que vai acontecer”, respondeu Dapieve.
Anteriormente, o jornalista trouxe à tona questões importantes tanto para a democracia francesa, como para a brasileira. “Devemos derrubar qualquer bastilha se essa nos oprimir”, afirmou, ao fazer alusão à Revolução Francesa e ao valorizar o seu espírito de liberdade, igualdade e fraternidade.
Ele ainda enfatizou a importância da alegria francesa depois dos ataques de movimentos fundamentalistas. “Se a gente deixar de aproveitar, comer e beber, eles terão ganhado”, frisou Dapieve.
Outra questão abordada pelo jornalista foi a vitória da seleção francesa caracterizada pela diversidade étnica. Dapieve colocou como uma resposta ao crescimento da xenofobia e do racismo no mundo. E acrescentou que todos os franceses se uniram por suas semelhanças.
A plateia trouxe para a reflexão o racismo francês e brasileiro, comentando sobre a colonização africana e a desigualdade racial no País.
O jornalista também concedeu entrevista exclusiva à Asfoc-SN sobre a origem e manutenção da democracia – assista na fanpage do Sindicato (facebook.com/asfocsn).