A Asfoc-SN participou hoje (10/06) da cerimônia virtual de recepção dos novos integrantes do Conselho Deliberativo da Fiocruz. Durante o evento remoto, a presidente do Sindicato, Mychelle Alves, deu boas-vindas aos membros do CD, além dos companheiros reeleitos, e elogiou o processo eleitoral.
“Num momento de tantas incertezas, com tantas instituições sendo atacadas, é de se exaltar o respeito ao processo democrático e participativo que tornou possível e legitimou a eleição de todos os diretores”, afirmou.
A presidente da Asfoc também comemorou o fato de, cada vez mais, as mulheres estarem presentes nos processos eleitorais na busca por igualdade e representatividade.
“As mulheres da Fiocruz estão hoje nas diversas linhas de frente da Instituição, uma representatividade conquistada e que gostaríamos de ver ampliada em todos os setores de nossa sociedade”.
Mychelle destacou ainda a importância de o CD reafirmar a Tese 11 do último Congresso Interno. A Instituição se posiciona por uma sociedade mais justa e equânime, comprometida com a diversidade do povo brasileiro e suas demandas, seja nas políticas votadas para seus trabalhadores, independente de seus vínculos – seja nas ações para usuários em suas escolas, institutos e serviços de saúde, seja nos estudos e pesquisas desenvolvidas, buscando reconhecer e enfrentar todas as formas de discriminação, exclusão e violência.
“Tenho certeza de que, juntos, iremos trabalhar por uma Fiocruz ainda melhor”, ressaltou.
Mychelle Alves reafirmou também o manifesto em favor da vida, divulgado pelo Sindicato em março deste ano.
“Nossa Instituição já deu provas inequívocas do seu valor e do seu comprometimento com o bem-estar social e com a conquista de uma vida digna para todos. No entanto, a gravidade da crise que castiga o país exige mais de todos nós. Exige que, sem prejuízo do trabalho realizado, reforcemos, todos nós, a nossa capacidade de assumir posições e a ser mais formuladores e propositivos. Exige mais participação na esfera da arena pública”, ressaltou.
O vice-presidente da Asfoc, Paulo Garrido, também participou do evento virtual e deixou sua mensagem para os diretores no chat da transmissão. “Salve a democracia! Parabéns, êxito e boa sorte! Meus cumprimentos por contribuírem para a consolidação da gestão democrática e participativa da Fundação Oswaldo Cruz”, escreveu Paulinho.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, falou sobre os desafios do futuro. Segundo ela, o principal será contribuir para a superação da atual crise sanitária. De acordo com Nísia, essa reconstrução ainda se dará durante o enfrentamento da pandemia, com muita desigualdade pelo mundo.
“Enquanto alguns países já alcançaram novos indicadores mais favoráveis no enfrentamento à pandemia, mais intenso na sua vacinação e proteção de suas populações, nós ainda, neste momento, estamos com uma triste cifra de vidas perdidas, chegando a quase 500 mil (mortes). Não é trivial a nossa tarefa”, frisou.
Sergio Bessa Luz, ex-diretor do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazonas), citou o importante papel da Asfoc de promover a unidade institucional.
“Sempre com a participação intensa do nosso Sindicato em todos os processos. Sempre ativo na luta pela defesa dos trabalhadores e agregando mais força aos enfrentamentos. Essa união fortaleceu nossa Instituição e a democracia institucional. Temos que saudar essa democracia institucional. O valor é imensurável”.
Eleita diretora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e representando os 10 novos diretores da Fundação, Anamaria Corbo falou sobre os desafios em um contexto tão adverso pelo qual passa o país e as instituições públicas. Para ela, se faz necessário saudar e fortalecer os processos democráticos instituídos pelos trabalhadores desta Instituição, que possibilitaram a eleição da presidente Nísia Trindade Lima, como de cada um dos atuais diretores.
“A expressiva participação nas urnas nestas últimas eleições demonstrou não só a importância da nossa democracia interna, mas também o reconhecimento de que essa Instituição se constrói, se fortalece, a partir de uma gestão participativa e solidária, que deve sempre operar no sentido de ampliar contínua e sistematicamente os processos de decisão estratégica dos seus rumos e diretrizes”.