Um dia após abençoar o ex-presidente Lula, o Papa Francisco, pontífice conhecido como defensor dos direitos e da dignidade humana, recebeu na sexta-feira passada (03/08) Marinete Franco, a mãe da vereadora carioca assassinada Marielle Franco.
A vereadora se tornou exemplo de luta e representatividade no âmbito das mulheres, negros, gays e moradores de comunidade. Defensora da justiça, também ganhou a gratidão de parentes de policiais mortos em serviço ou fora dele. Como no depoimento feito por Rose Vieira, mãe do policial morto Eduardo Oliveira. Rose chamou Marielle, a então coordenadora de Direitos Humanos da Alerj, de “anjo” ao lutar por justiça no caso da morte de seu filho.
Foi Marielle quem pressionou para que a promotoria deixasse de ver Lincoln Vargas como testemunha para o enquadrar como autor do crime. Vargas alegava que o policial tinha sido assassinado em uma troca de tiros, alegação desmentida pelo exame de balística que detectou que o tiro fatal foi disparado pelas costas por Vargas.
Desde a execução de Marielle e de seu motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março deste ano, a Asfoc prestou homenagens e se mobilizou na luta pela justiça e pelo fim da violência. Em ato emocionante, na manhã seguinte ao crime, os trabalhadores da Fiocruz protestaram e cobraram Justiça pela morte da vereadora e de Anderson. Na ocasião, também prestaram homenagens ao trabalhador da Fiocruz Matheus Mello, morto na comunidade do Jacarezinho, dez dias antes do assassinato de Marielle.