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Nota de repúdio: Caso do jornalista britânico e do indigenista brasileiro, desaparecidos no Vale do Javari

14/06/2022

O Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) lamenta profundamente o desdobramento do caso do jornalista britânico e do indigenista brasileiro, que estão desaparecidos há mais de uma semana na região do Vale do Javari, no Amazonas.

Nos solidarizamos aos familiares e amigos de Dom Phillips e Bruno Pereira, que sofrem ainda mais com esse desencontro de informações e cobramos Justiça pelas autoridades responsáveis.

O descaso e, até mesmo, o desprezo do Governo Federal, principalmente na figura do presidente da República, Jair Bolsonaro, demonstram o quanto os defensores da Amazônia estão abandonados nesta luta. Interesses escusos, de verdadeiras quadrilhas criminosas, crescem a cada dia, respaldados pela omissão de quem deveria proteger.

Dizer que foi uma "aventura não recomendada" é debochar da sociedade, da opinião pública internacional, do sofrimento alheio, além de assumir que o Estado perdeu sua soberania sobre aquele território. É a velha tática de culpar a vítima.

Os povos indígenas sofrem há muitos anos com a presença de garimpeiros, madeireiros e narcotraficantes naquela região. Áreas demarcadas estão sendo invadidas. A Floresta devastada. 

Os dois não estavam lá a lazer. Muito pelo contrário. Tinham a missão, também humanitária, de denunciar e tentar proteger. Bruno Pereira, servidor da Funai, foi exonerado do cargo após receber diversas ameaças. Ele estava dando apoio à União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Dom Phillips era jornalista especializado em meio ambiente. Morava no Brasil há 15 anos e fez reportagens para veículos como Washington Post, New York Times, Financial Times e The Guardian.  

A alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, se disse preocupada com ameaças crescentes a ambientalistas e indígenas no Brasil. Bachelet falou do país no discurso de abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.

Não podemos nos calar! A Asfoc-SN cobra Justiça. Em defesa da Amazônia e seus povos indígenas!

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