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Live Asfoc: vulnerabilidade nas comunidades aumenta na pandemia

01/07/2020

O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) promoveu nesta terça-feira (30/06) mais um Painel Asfoc sobre o tema “Combate ao Covid-19 nas favelas e comunidades em tempos de pandemia”. A live contou com a participação da jornalista Nathalia Mendes, idealizadora do Movimento “Favela quer viver”, e do vereador Reimont Luiz (PT-RJ), além do presidente do Sindicato, Paulo Garrido, e da vice, Mychelle Alves.

Paulinho destacou a vulnerabilidade dos povos. “A favela tem sido isolada de diversos direitos. Prefeitos e vereadores vão para um lado, governador para o outro. A comunicação é muito ruim. Como isso chega para esse morador? Como fazer isolamento social? A ampliação de desigualdades vai trazer muito mais mortes. É importante destacar como essa política genocida tem dizimado as populações negras e das favelas do Brasil”, alertou.

Dentro desta temática, Mychelle Alves destacou que os três segmentos executivos (municipal, estadual e federal) estão negligenciando as comunidades vulneráveis. “Claro que existem exceções, mas não podemos esquecer que o governo Bolsonaro queria dar 200 reais de auxílio emergencial. Falta moradia, falta saneamento básico. E temos que refletir: como viver o isolamento numa casa de só um cômodo?”, questionou.

Nathalia Mendes também explicou a questão da vulnerabilidade da população, que sofre com a ausência de políticas públicas de Estado, e destacou o ano eleitoral.       “É importante entender quem está do nosso lado, principalmente em ano de eleição. E reitero meu papel como jornalista, que é informar de forma como essa população entenda. Temos duas frentes: informar e lutar pelas nossas vidas!”, ressaltou.

Diante do debate, a jornalista destacou ainda que durante a pandemia do Covid-19 e o isolamento social houve um aumento das carências para essas comunidades.  “A gente está vivendo o que a gente sempre viveu. As pessoas não estão preocupadas com o que a favela está comendo. Quem morre é o pobre, é o negro, é o favelado. A pandemia da favela é completamente diferente do Leblon. O que nós tivemos foi um agravamento! Se não for o “nós por nós” as coisas não acontecem”, frisou.

O vereador Reymont reiterou a fala de Nathalia Mendes, mas também destacou que não devemos tirar a responsabilidade do poder político na melhoria de vida destas populações vulneráveis. E relatou as dificuldades: “Sugerimos uma renda básica para o município do Rio de Janeiro, por ter um custo de vida muito alto. A lei foi aprovada, e a prefeitura não cumpre”.

Reymont também parabenizou a iniciativa da Asfoc e seu trabalho na construção política ampla e pelos 120 anos da Fiocruz. “A construção política compreende que precisamos ter lados. Uma cidade que hoje tem 700 favelas, onde temos uma realidade sanitária que beira o caos, é uma realidade muito dura! Precisamos radicalizar no direito dos mais pobres.”, destacou Reymont.

No final do debate, Mychelle ainda relembrou uma frase da doutora e escritora Conceição Evaristo: “Eles combinaram de nos matar e nós combinamos de não morrer”. E pediu para que todos sigam resistindo e, quem puder, ficar em casa.

Paulinho destacou a luta da Asfoc em defesa do serviço público de qualidade e dos direitos da população.  “Defendemos também! E é importante reafirmar a renda básica permanente. Isso é possível e necessário. Eles colocaram a dicotomia entre economia e vida, e não é assim”, finalizou.

Assista ao debate na íntegra no link: https://www.facebook.com/watch/?v=312637086564606

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