A rejeição à proposta do governo, que culminou na greve de três dias dos trabalhadores e trabalhadoras da Fiocruz, foi um dos pontos comentados pelo presidente da Asfoc, Paulo Garrido, na 42ª Reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público ocorrida virtualmente nesta segunda-feira (12/08).
A Frente Parlamentar trata de varias demandas dos servidores públicos, como regimes de aposentadoria, reforma administrativa e questões orçamentárias do Executivo que refletem diretamente nas negociações salariais em curso das carreiras federais do funcionalismo, entre elas, as da saúde. Nesta semana, apenas serviços essenciais estão funcionando na Fiocruz devido à greve progressiva de três dias (13, 14 e 15 de agosto). A paralisação, aprovada por ampla maioria dos trabalhadores na última assembleia extraordinária da Asfoc, reivindica reajuste de 20% em 2024, 20% em 2025 e 20% em 2026.
Garrido solicitou apoio e intermediação da Frente Parlamentar Mista para trabalhar por um requerimento de audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público ou Comissão de Trabalho para discutir o plano de carreiras da Fiocruz, o processo de negociação e a valorização salarial da categoria.
Ele comentou as últimas articulações do sindicato e da presidência da Fiocruz, como a carta ao presidente Lula entregue por Mario Moreira, pedindo apoio às demandas da categoria e os ofícios protocolados ao MGI com os indicativos decididos nas assembleias. Até o momento, o Ministério sinalizou que a proposta apresentada no dia 15/07 “se trata da proposta final” e ressaltou que o prazo para discussão de propostas será no dia 16/08, próxima sexta-feira.
O assessor Vladimir Nepomuceno, em sua fala, ressaltou que “compreende alguns limites na política econômica colocada e nas questões do arcabouço fiscal".
O presidente Paulo Garrido está em Brasília para participar e falar sobre a greve durante a reunião do Fentas, que será realizado na noite desta terça-feira (13). Além disso, ele tratará sobre o assunto na Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), nesta quarta-feira (14). No mesmo dia, Garrido irá a uma atividade de greve na Fiocruz Brasília e fará iniciativas pela solicitação de uma audiência pública, deliberação esta feita na Assembleia Extraordinária da última sexta (09).
Asfoc na luta sempre!