Durante paralisação e ato dos bolsistas hoje (22/08) na Fiocruz, a Asfoc-SN fez duras críticas à política de contingenciamento de investimentos públicos por parte do governo. Em reunião no início do mês entre o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, e o presidente do CNPq, Mário Borges, foi divulgado na mídia que os pagamentos das bolsas estariam garantidos apenas até setembro. Com isso, serão afetados mais de 400 alunos e 200 pesquisadores na Fundação.
O vice-presidente do Sindicato, Paulo Garrido, ratificou a bandeira de luta em defesa dos estudantes e garantiu que a questão será levada nesta terça-feira para a reunião do Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais, em Brasília. De acordo com Paulinho, a ideia é aprovar uma moção de apoio ao movimento da Associação dos Pós-Graduandos (APG) da Fiocruz. “Nossa bandeira de luta não é só do orçamento sem cortes, mas de totais condições de trabalho, de direitos e ao tratamento prioritário dos alunos”, frisou.
Ele reforçou ainda a convocação para Assembleia Geral, na próxima sexta-feira (25/08), às 9 horas, na sede do Sindicato, e a audiência pública sobre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), amanhã (23/08), às 10 horas, na Alerj. O Sindicato disponibilizará ônibus, com concentração a partir das 8h, na Estação do Trenzinho.
Pela manhã, no mesmo local, os alunos realizaram uma oficina de cartazes e um debate de como os cortes no orçamento afetarão os bolsistas da Fiocruz. De lá, os estudantes realizaram um ato em frente ao Castelo com a presença da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e, em seguida, uma caminhada pelas ruas da Fundação.
“A Fiocruz faz ciência comprometida com o SUS. Estamos juntos nesta luta por essa ciência que está sendo ameaçada, reforçando a demanda por recursos para o Brasil não ter retrocessos. A ciência é uma das bases para o nosso avanço como nação”, afirmou Nísia.
Brasil 2022: o país que queremos
A Asfoc-SN participou nesta manhã de debate sobre Democracia com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Brito. A reunião faz parte de uma iniciativa para discutir alternativas e soluções para a conjuntura atual do país.
Em sua fala, Ayres Brito deixou muito claro que "temos uma Constituição de primeiro mundo, que preza pela democracia e pela justiça social, mas a prática do país está oposta. A saída não está fora e, sim, dentro da Constituição".
Clique aqui e veja algumas fotos!