Conteúdo exclusivo para servidores associados  do Sindicato

ASFOC

Acesso restrito

Considerações sobre os aspectos apresentados pela Asfoc-SN

1. Cenário com reavaliação de rede credenciada, com base nos altíssimos custos da Rede D'Or, apresentando alternativas que atendam aos requisitos de internação e qualidade:

 

De fato, os hospitais da Rede D'Or apresentam Custos Médios por Internação 43,7% maior do que a média dos hospitais(dados de 2017) e os valores mais elevados de Custo Paciente/Dia (42,8% mais caros do que a média). Sempre que possível, a FioSaúde busca direcionar os seus beneficiários para hospitais mais resolutivos em termos de custo e qualidade. No entanto, suprimir hospitais mais caros de todos os planos seria medida unilateral que certamente provocaria grande insatisfação e reclamações perante a ANS. Entendemos que o mais adequado seja precificar os planos de acordo com o custo da rede hospitalar que os compõem.

 

2. Estudar uma forma de não estratificação dos trabalhadores, apresentando somente um plano de nível único, que atenda a todos os trabalhadores e familiares da mesma forma...

 

A definição de um plano padrão dificilmente conseguiria conciliar atratividade econômica e ao mesmo tempo agradar a maioria, tendo em vista que o preço é definido em função da rede hospitalar e das condições de reembolso. Entendemos mais adequada a oferta de produtos que assegurem uma assistência de qualidade, mas que se diferenciem em função de tipo de acomodação mais ou menos sofisticada, proporcionando escolha aos beneficiários de acordo com o poder aquisitivo de cada um. Os princípios de universalidade e igualdade no acesso são mais apropriadamente aplicados ao SUS. Nos planos de mercado, eventual padronização pode provocar desequilíbrio irreversível, com a possível saída de grande número de beneficiários, agravando a sustentabilidade e a perenidade da assistência.

 

3. Cenário futuro considerando a exclusão da co-participação do plano.

 

A co-participação é mais um fator de moderação da utilização do que um mecanismo de custeio, mas não deixa de ser uma receita importante para o equilíbrio financeiro dos planos. Uma eventual supressão desse mecanismo teria que vir acompanhada do aumento do percentual de reajuste para todos os beneficiários. A co-participação não deixa de representar também um fator de equidade, tratando diferentemente os diferentes, já que quem usa mais o plano acaba pagando mais e quem usa menos, paga menos.

4. Cenários sobre redução ou ampliação da policlínica, a partir de estudos sobre efetividade x investimentos:

 

A Policlínica é constantemente avaliada pela Diretoria. A última pesquisa realizada aponta que há um alto grau de satisfação geral com o serviço oferecido (84,2% satisfeitos ou muito satisfeitos) e 98,2% de satisfeitos e muito satisfeitos com o atendimento médico. A facilidade de acesso e a qualidade do atendimento são os aspectos mais valorizados. O número de beneficiários que se utilizaram de sua estrutura em 2017 foi de aproximadamente 3.700 e o custo médio por atendimento atingiu R$ 119,00. O custo total de 25.000 atendimentos em 2017 (consultas médicas, nutrição e psicoterapias) significou algo em torno de 3,5% das despesas médicas totais da FioSaúde. Esses e outros indicadores apontam pela manutenção dos serviços da Policlínica e até sua ampliação, que no entanto deve ser cuidadosa, focando nas especialidades médicas mais buscadas na rede credenciada, que potencialmente possam gerar custos mais elevados, na busca de se evitar desperdícios de recursos com solicitações de procedimentos desnecessários. Além disso, a Policlínica é estratégica para a realização dos programas de saúde. Há três anos, a FioSaúde vem investindo em prevenção secundária e terciária, a partir da estratificação do risco da população assistida, que mostrou que 16,4% da população consome 74,5% dos recursos. As principais estratégias assistenciais executadas são: monitoramento (inclusive domiciliar) dos mais idosos (demenciais, acamados, e em home care); mudança de hábito para obtenção do autocontrole dos doentes crônicos (cardiopatas, diabéticos, asmáticos...); disponibilização de atendimento médico 24h para a população acima de 65 anos (cobertura de 3.000 beneficiários; acompanhamento dos pacientes internados com o objetivo de evitar reinternações; programa de prevenção de refraturas, além de apoio ao Programa Circuito Saudável da FIOCRUZ.

 

5. Propostas efetivas de acompanhamento dos pedidos de exames complexos, uma vez que o número de ressonâncias extrapola todas as médias nacionais e internacionais apresentadas na última assembleia.

A FioSaúde busca se munir de todas as ferramentas disponíveis de controle das despesas assistenciais, sendo as principais: regulação técnica previamente à autorização de eventos de média e alta complexidade; direcionamento de internações eletivas para hospitais mais resolutivos; auditoria in loco das internações; aquisição direta de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME); e conferência eletrônica de MAT/MED nas contas hospitalares. Em 2018, está prevista a implantação de ferramenta que vai permitir um acompanhamento on line dos procedimentos de alto custo, aprimorando a regulação técnica e proporcionando atuação mais tempestiva, a tempo de evita por exemplo exames desnecessários e internações prolongadas e onerosas.

Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública - Asfoc-SN
Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de janeiro / RJ – CEP 21040-360
E-mail:secretaria@asfoc.fiocruz.br | jornalismo@asfoc.fiocruz.br
Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta das 08h às 17h.
Telefones: (21) 2598-4231 | 2290-7347 | 2290-6395 | 2564-5720