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Assembleias por Unidades para aumentar a mobilização e participação dos trabalhadores da Fiocruz

12/06/2018

Na primeira Assembleia por Unidade realizada logo após a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Fiocruz, a direção da Asfoc-SN esteve no Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Bahia) na última sexta-feira (09/06), em Salvador. O ciclo de Assembleias por Unidades, um compromisso de campanha, também faz parte da estratégia de mobilização permanente ratificada pelos servidores na própria Assembleia Geral do dia 5 de junho.

Na Bahia, o presidente do Sindicato, Paulo Garrido, apresentou detalhadamente as pautas geral e específica da categoria, a luta do movimento unificado contra a Emenda Constitucional 95, em defesa da data-base do servidor e pelo cumprimento do acordo salarial de 2015 (Reconhecimento de Resultado de Aprendizagem/RRA, licença sabática etc). Lembrou ainda que a Asfoc-Brasília acompanha de perto as discussões prévias da Jornada de Lutas que acontecerá entre os dias 18 e 20 de junho.

Já o diretor Carlos Fidelis abordou aspectos estruturais que vêm interferindo no quadro de crise experimentado pelo Brasil nos últimos anos. Ele apontou fatores como o avanço do neoliberalismo no mundo, a integração de mercados e o acirramento da concorrência. A legislação internacional de proteção à propriedade intelectual (o chamado Acordo TRIPS), a crise de 2008, a descoberta do pré-sal e os interesses geopolíticos americanos e o consequente ataque ao BRICS como elementos importantes para a análise de nossa conjuntura também foram abordados pelo diretor.

De acordo com Fidelis, o combate à corrupção (um problema que precisa ser combatido) nunca foi o objetivo daqueles que promoveram o golpe contra o governo de Dilma Rousseff. Para ele, o que sempre esteve em jogo foi o acesso ao petróleo e a outras riquezas nacionais, os interesses rentistas no país e a implementação de um projeto neoliberal totalmente avesso à democracia e ao Estado de bem-estar.  Um golpe que visa cortar direitos sociais, abrir mercados para o setor privado internacional e promover um verdadeiro sequestro do Estado brasileiro, fragilizando sua estrutura e capacidade de reverter o ciclo recessivo que alimenta a dívida pública, gerando desemprego e minando o setor produtivo e nossa capacidade de defesa diante da concorrência internacional. 

Procurando resumir a situação em que nos encontramos, o diretor da Asfoc afirmou que o que está em jogo é o nosso presente e o nosso futuro, nosso direito ao desenvolvimento inclusivo e à autodeterminação. Fidelis atacou a Emenda Constitucional 95 como lesiva aos interesses nacionais, com impactos diretos no quadro sanitário e epidemiológico do país e na qualidade de vida da população. Para ele, o congelamento de gasto e a ausência de investimento vai gerar miséria, fome, violência e aumento dos índices de morbidade e mortalidade. Uma tendência que já começa a dar sinais como a volta do Brasil ao mapa da fome e o aumento da pobreza absoluta. “Um verdadeiro atentado à possibilidade do exercício efetivo da cidadania, da democracia. Um empecilho ao desenvolvimento científico e tecnológico do país. Um golpe patrocinado pelo rentismo, apoiado pela mídia e executado por corruptos e entreguistas”, afirmou.

Segundo Fidelis, a saída passa pela adoção de um projeto nacional desenvolvimentista que seja inclusivo e ambientalmente sustentável. Um projeto em que a Fiocruz tem muito a contribuir.

Abordando a trajetória da Instituição, o diretor do Sindicato lembrou que os seus melhores momentos coincidem com o posicionamento no centro do debate nacional. Quando a Instituição se colocou como protagonista. Finalizando, Fidelis chamou a atenção para a necessidade de sermos propositivos e não nos deixarmos levar por um engodo como aquilo que chamou de “novela da corrupção”.

No debate que se seguiu, os trabalhadores ressaltaram a necessidade de a Instituição aprimorar sua organização para que se possa efetivamente usufruir da sinergia de linhas de pesquisa complementares. Foram apontadas falhas na execução de algumas frentes de trabalho e a necessidade da Instituição assumir um protagonismo maior no panorama científico. Críticas feitas com o objetivo de “sacudir” a todos nós servidores da Fiocruz!

No final, o coordenador da Asfoc/Bahia, Valdomiro Moitinho Júnior, e o vice-presidente de Gestão do Instituto Gonçalo Moniz, Valdeyer Galvão dos Reis, além de outros participantes, elogiaram o formato da Assembleia por Unidade. Disseram da importância de resgatar questões e passagens históricas da Fundação Oswaldo Cruz.

Depois da Assembleia, a direção da Asfoc participou da Festa Junina e confraternização dos trabalhadores da Fiocruz/Bahia. Na ocasião, o diretor de Administração e Finanças, Alcimar Pereira Batista, recebeu demandas pelo aprimoramento do Espaço de Convívio. Ele disse que pautará o assunto na próxima reunião da Executiva Nacional.

COLETIVO DE JURÍDICOS

A Asfoc-SN participa na tarde desta terça-feira (12/06), em Brasília, de Reunião Ampliada do Coletivo de Jurídicos do Fonasefe e Fonacate. Na pauta, estratégias de atuação na retomada do julgamento da ação que trata da data-base, que dispõe sobre a revisão anual de salários assegurada no artigo 37, inciso X da Constituição Federal, que alcança 11 milhões de servidores no país.

AGENDA ASFOC-SN

10/05 – Assembleia por Unidade (Minas) REALIZADA

09/06 – Assembleia por Unidade (Bahia) REALIZADA

13/06 – Festa Junina – Contra a quadrilha que destrói o Estado brasileiro – a partir das 17 horas, atrás do Castelo da Fiocruz

15/06 – Assembleia por Unidade (Pernambuco)

19/06 – Assembleia por Unidade (Brasília)

29/06 – Assembleia por Unidade (Rondônia)

13/07 – Assembleia por Unidade (Amazonas)

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