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Asfoc repudia abordagem abusiva da PM a trabalhador da Fiocruz

03/11/2022

O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) repudia a abordagem abusiva da Polícia Militar contra um trabalhador da Instituição.

Na última terça-feira (01/11), o pesquisador da Fiocruz Gilney Costa Santos retornava para casa e aguardava sua condução no ponto de ônibus, em frente ao prédio da Expansão (sentido Zona Oeste), em torno das 15 horas, quando foi abordado por policiais.

Ele contou que uma viatura passou pelo local e dois PMs olharam na sua direção. Em seguida, o veículo retornou pela contramão da Avenida Brasil. Após o automóvel ser deixado na calçada, os policiais, com arma em punho, foram em direção a Gilney – sob os olhares de várias pessoas no ponto de ônibus.

Antes mesmo de qualquer orientação por parte dos policiais, o trabalhador pegou o crachá em seu pescoço e informou ser um profissional da Fundação Oswaldo Cruz – além de mostrar a carteira do conselho profissional. Muito agitados, os policiais ignoraram a identificação e pediram para ele abrir a mochila, onde verificaram ter apenas um livro, nécessaire com medicamentos, frutas e um computador.

Em determinado momento, os policiais falaram que levariam Gilney para a delegacia e era para ele “agradecer por não sair algemado”. Em nenhum momento Gilney ofereceu resistência ou deu motivo para ser detido.

Da mesma forma em que os policiais ameaçaram encaminhá-lo para a delegacia (sem motivo aparente), também desistiram da ideia. Antes de os policiais entrarem no carro, houve um diálogo entre as partes. Gilney, sem alterar a voz, afirmou: “Vocês são muito racistas”. E ouviu como resposta: “Não gostou? Manda um e-mail para o governador!”.

Antes do carro arrancar, Gilney contou ainda que conseguiu fazer uma foto nítida da placa da viatura. Ele acrescentou também que tudo foi muito rápido e não conseguiu lembrar os nomes dos policiais escritos na farda – apenas gravar características físicas. “Vivi um terror psicológico. Fiquei com a sensação que o ataque foi à Fiocruz”, contou Gilney, em entrevista por telefone.

Após a abordagem, ele voltou para o local de trabalho, com sintomas de baixa glicose, e foi aconselhado pelos colegas de trabalho a acionar o Sindicato.

A Asfoc-SN colocou o departamento jurídico do Sindicato à disposição de Gilney para enviar o e-mail ao governador do Rio, Cláudio Castro, e para a Comissão de Diretos Humanos.

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