A Asfoc-SN participou hoje (27/07) da Mesa de abertura da live “Mulheres Negras no Enfrentamento da Pandemia da Covid-19”, promovido pelo Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz. O evento digital faz parte das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latina-Americana e Caribenha, Dia de Tereza de Benguela e Dia da Mulher Negra Brasileira, em 25 de julho.
Representando o Sindicato, a presidente Mychelle Alves afirmou que, apesar de serem maioria da população brasileira, as mulheres negras sofrem com as maiores vulnerabilidades no País. “Este evento é importante para mostrar nosso protagonismo, nossa luta e resistência. Sabemos o quanto é importante ter políticas públicas para promover a equidade de gênero e raça”, frisou.
Mychelle destacou então a Tese 11, aprovada no 8º Congresso Interno da Fundação: “A Fiocruz se posiciona na luta por uma sociedade mais justa e equânime, comprometida com a diversidade do povo brasileiro e suas demandas, seja nas políticas voltadas para seus trabalhadores, independente de seus vínculos, seja nas ações para usuários em suas escolas, institutos e serviços de saúde, seja nos estudos e pesquisas desenvolvidos, buscando reconhecer e enfrentar todas as formas de discriminação, exclusão e violência”.
“Nós, trabalhadoras e trabalhadores, de forma colegiada, construímos a Tese 11 e aprovamos porque a Fiocruz é uma Instituição centenária que sempre defendeu a vida e luta por justiça social”, disse.
Ela afirmou ainda que as mulheres negras seguem na luta e resistência com o compromisso da Fiocruz, de defender a vida. “Isso é incluir a equidade de gênero e raça. Precisamos mudar esse cenário da nossa sociedade e também na Fiocruz. É preciso avançar nas políticas públicas. E somos nós, mulheres negras, que temos de ser as protagonistas destas políticas, e vamos ocupar todos os espaços para mudar o cenário”.
Na sequência, a live prosseguiu com o debate das painelistas Maria Inês Barbosa (doutora em Saúde pública), Dayane de Souza (assistente social da ONG Luta Paz/Maré) e Beth Cardoso (coordenadora executiva do CTA/ZM e GT Mulheres de Articulação Nacional de Agroecologia). A poeta, escritora e slammer Maiara Silva fez intervenções artísticas.
Na segunda-feira (26/07), Mychelle também participou do debate sobre o mesmo tema, promovido pela da Internacional dos Serviços Públicos (ISP): Dia da Mulher Afro-Latino-Americana, Afro-Caribenha e da Diáspora.