A Fundação Oswaldo Cruz foi homenageada ontem (18/06) pela Academia Nacional de Medicina no Simpósio “ANM em homenagem aos 120 anos da Fiocruz”. Na mesma ocasião, foi realizada sessão ordinária da Academia, com participação inédita do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN).
A abertura do evento virtual contou com os presidentes Nísia Trindade Lima (Fundação Oswaldo Cruz), Rubens Belfort Júnior (Academia Nacional de Medicina) e o coordenador do Simpósio, Paulo Buss.
Nísia Trindade Lima relembrou sua trajetória profissional e homenageou os presidentes com quem conviveu na Instituição. “Não só a primeira mulher a presidir essa Instituição, mas a primeira socióloga. Algo só possível pela inovação propiciada por Sergio Arouca, Paulo Gadelha, Luiz Fernando Ferreira, Arlindo Fábio Gómez de Sousa, que, juntos, pensaram novos centros na Fiocruz”, disse ela, estendendo os agradecimentos à comunidade da Fundação Oswaldo Cruz, dirigentes e o conjunto dos trabalhadores, representado na sessão pelo presidente do Sindicato, Paulo Garrido.
Nísia ressaltou ainda a importância da presença da Instituição em todas as regiões do país, assim como no exterior. E comentou como tem trabalhado rumo à equidade dentro da Fundação e na melhoria da sociedade como um todo.
“O fato de eu ser primeira mulher nos faz destaque a equidade que queremos. As mulheres ainda são minoria em cargos de gestão, mas isso é um trabalho que temos feito para mudar. São marcos da Fiocruz hoje: o direito universal à saúde e o compromisso com o Sistema Único de Saúde, integrando todas as linhas de ciência, tecnologia e inovação em benefício da sociedade. Estamos aqui, juntos, diante dos desafios não só da Fiocruz, mas de um projeto de país, no sentindo de unir ciência e saúde para a vida e o bem-estar da sociedade”, disse.
O ex-presidente da Fiocruz Paulo Buss relembrou a missão da Fiocruz e o compromisso da Instituição com a saúde pública. “A Fundação foi criada para enfrentar um conjunto de enfermidades, principalmente febre amarela, varíola, peste bubônica. Há 120 anos a Instituição é patrimônio da sociedade brasileira”, afirmou.
Em uma de suas falas, o presidente da Academia Nacional de Medicina, Rubens Belfort Júnior, afirmou que “a Fiocruz representa o melhor. O Brasil merece o melhor. Fiocruz é patrimônio, mas a Fiocruz não é passado. Fiocruz é presente e, mais que tudo, futuro. É obrigação nossa, dos brasileiros, cerrar fileiras ao redor da Fiocruz”.
O encontro virtual contou ainda com intervenções dos diretores José Paulo Gagliardi Leite (Instituto Oswaldo Cruz/IOC); Zélia Profeta (Instituto René Rachou-Minas Gerais); Hermano Castro (Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/Ensp); Valdilea Veloso (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/INI); e Maurício Zuma (Biomanguinhos). Parte da reunião também foi dedicada à apreciação dos acadêmicos da Fiocruz Cláudio Tadeu Daniel Ribeiro, Léa Rodrigues Coura, José Rodrigues Coura e Paulo Buss.
Em seguida, houve diversos depoimentos sobre a Fundação, como dos diretores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Sidarta Ribeiro, e da Agência Brasileira de Cooperação, o embaixador Ruy Pereira, além da reitora da UFRJ, Denise Carvalho, entre outros. Para ela, “precisamos, cada vez mais, da união entre a ciência e a cultura para que seja implantado no nosso país, definitivamente neste século, o humanismo científico. Parabéns e vida longa à Fiocruz”, desejou Denise.
O segundo bloco do evento foi dedicado à sessão ordinária da Academia Nacional de Medicina e entrega de placa virtual comemorativa da ANM à Fiocruz.
Confira a íntegra do Simpósio:
https://www.facebook.com/anm1829/videos/1922095057920940/ (parte 1)
https://www.facebook.com/anm1829/videos/2989642927770775/ (parte 2)