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[novembro de 2000]
OPOSIÇÃO VENCE
Nas
urnas, a vitória da oposição mostra que é possível encontrar
um candidato capaz de lutar contra a política excludente
de FHC |
Oposição vence nas urnas, conquista 13 das 26
capitais do País e, representada pelo PT, PDT e PSB, cresce
de 20% dos votos nacionais em 1996 para 34% em 2000.
Uma vitória sustentada pela nova forma de governar
de um grande número de prefeitos reeleitos e, principalmente,
pelo repúdio dos brasileiros à coligação que apóia FHC e seu
projeto neoliberal, responsável pelo aprofundamento do desemprego,
da miséria e da exclusão social que marcam a nossa sociedade.
Ao governar mais da metade do eleitorado das
62 maiores cidades brasileiras, a performance da oposição
nos próximos dois anos será decisiva para as eleições presidenciais
de 2002.
Candidato que unir
oposição pode derrotar FHC em 2002
ASFOC luta na justiça por direitos do servidor
Novas frentes de luta na Campanha Salarial
Espaço Unifoc - Eleições na FIOCRUZ
Por trás da "estabilidade"do real, um buraco de
mais de R$ 500 bilhões
Eleições Presidenciais na FIOCRUZ
Projeto de Lei propõe novas regras para aposentadoria
do Serviço Público
Escola Politécnica: 15 anos de ensino técnico de qualidade
Novo prazo para assinatura da autorização genérica
O recado das urnas
Candidato que unir oposição
pode derrotar FHC em 2002
Uma leitura mais aprofundada
do sentimento da população brasileira traduzido pelos
números da eleição municipal de outubro (particularmente
nas médias e grandes cidades brasileiras) deixa transparente
que um candidato capaz de unir a oposição pode derrotar
a candidatura que representar o "modelo FHC"
de governar, responsável pelo desemprego e pela manutenção
da concentração da renda, da miséria e da exclusão que
marcam nossa sociedade. Sem falar na corrupção e na impunidade
que também caracterizam o Governo FHC.
Não há dúvida quanto ao expressivo crescimento da oposição.
No
primeiro turno, representada pelo PT, PDT e PSB, a oposição
cresceu de 20% dos votos nacionais em 1996 para 34% em
2000. Os números são do DIAP. Realizado o segundo turno,
a oposição (que governava sete capitais desde 1996) passa
a governar 13 das 26 em todo País, sendo que só o PT administrará
seis cidades importantes como São Paulo, Porto Alegre,
Recife, Belém, Goiânia e Aracaju, além de ter o vice-Prefeito
de Belo Horizonte na chapa de Célio de Castro (PSB). Para
se ter uma idéia da magnitude do crescimento do PT, o
Partido venceu em 174 cidades já no primeiro turno, quando
elegeu 121 novos prefeitos e reelegeu 53 que já tinham
mandato. Nas 31 grandes cidades e capitais que tiveram
segundo turno, o PT concorreu com candidato próprio em
16, vencendo em 13 delas.
Ao vencer nas capitais mais
populosas e nas cidades de médio porte, a oposição passa
a governar mais da metade do eleitorado das 62 maiores
cidades brasileiras a partir de janeiro. Sua performance
nos próximos dois anos será decisiva para o pleito
presidencial de 2002.
O crescimento da oposição,
entretanto, não se deu exclusivamente por seus méritos
próprios, apesar do grande número de prefeitos de partidos
de oposição reeleitos fundamentalmente pela nova forma
de governar que vem sendo implementada em dezenas de muncípios
do País, como Porto Alegre, Belo Horizonte, Belém e outros.
Mas a significativa votação
alcançada pela oposição se dá, também, pelo repúdio dos
brasileiros à coligação que
apóia Fernando Henrique, que conseguiu a proeza de submeter
as propostas de mudança da social-democracia brasileira
aos ditames, vontades e controle do que existe de mais
conservador na política em nosso País: os coronéis e caciques
do PFL, PMDB e que tais. A insatisfação com o Governo
FHC e seu modelo neoliberal também motivou o eleitor a
"votar contra".
A urnas disseram em alto e
bom som que o Brasil é contra o projeto neoliberal e o
Governo que hoje o representa, comandado por FHC e seus
aliados. E quer um novo padrão na relação entre a ética,
a economia e a política, que tire o País do atoleiro em
que está metido. Fernando Henrique teve seis anos para
fazer isso. E só fez atolar o País ainda mais. Terá
mais dois anos onde o Governo se dedicará a gerenciar
a agonia do País, com seus índices crescentes de violência,
desemprego, desinvestimento na saúde e na educação, sucateamento
das empresas públicas, denúncias de corrupção e impunidade,
ao mesmo tempo em que tentará desesperadamente fazer seu
sucessor.
Participante deste cenário,
teremos uma oposição querendo mostrar serviço, governando
as principais capitais e grandes cidades (algumas literalmente
falidas pelos aliados de FHC, como São Paulo de Pitta
e Maluf), se colocando contrária ao modelo econômico que
sufoca estados e municípios e cuja alteração será fundamental
para que possa governar. Nas mãos destas administrações,
um eleitorado decisivo para o pleito presidencial de 2002.
A mídia, para variar, nos
instantes imediatamente posteriores à abertura das urnas
no primeiro turno, tentou minimizar o resultado do pleito,
que já apontava para a vitória da oposição. Nos dias seguintes,
mudou de tática, tentando convencer que a vitória se dera
porque a oposição mudara, tornando-se "light"
ou "cor de rosa", como manchetou a "Veja".
Basta ver os discursos, os nomes dos principais candidatos
eleitos (formados em sua maioria na luta popular) e o
conteúdo das críticas que fazem ao "modelo FHC"
para verificar que isso não passa de mais um factóide
da mídia, tentando de forma simplista negar o óbvio.
Na verdade, nunca a oposição
esteve eleitoralmente tão presente nas grandes capitais,
independente de ter sido vitoriosa ou não no segundo turno
em algumas delas. Seja em Porto Alegre, São Paulo, Belo
Horizonte, Recife, Belém, Goiânia (onde será Governo)
ou como em Curitiba e Fortaleza (onde não venceu por muito
pouco), o crescimento da oposição é flagrante e traduz
uma postura de repúdio do eleitorado aos partidos aliados
a FHC.
Este novo momento, entretanto,
coloca para os partidos de oposição e para todos aqueles
que rejeitam o atual modelo econômico imensas responsabilidades,
seja no campo administrativo - ao gerenciarem tantas e
tão complexas cidades - seja no campo político, obrigados
que estão a vencer posturas estreitas e fazerem da tolerância
e da transigência o alicerce para a formatação de um projeto
de País. Um projeto que possa se tornar não apenas consistente
para o eleitor que voltará às urnas em 2002, mas que consiga
efetivamente equacionar a imensa dívida social que acumulamos
há cinco séculos.
A DIRETORIA
Retorna
A atuação da ASFOC no campo da luta sindical
se dá em diversas frentes. A participação ativa no Fórum
de C&T, articulando a campanha salarial e as negociações
junto aos Ministérios e ao Congresso Nacional já foi responsável
por importantes vitórias. No entanto, o Governo Federal
se mostra um adversário sem a menor disposição para o
diálogo e inviabiliza soluções negociadas para as questões
que afligem os servidores.
Resta a atuação jurídica, que deveria se
dar com a certeza do cumprimento das leis e da independência
do Judiciário.
Mas também aí o Governo impõe dificuldades e tenta driblar
ou simplesmente ignorar os mecanismos da Justiça,
daí a importância de um Departamento Jurídico forte e
atuante. Nesta nova entrevista ao Jornal da ASFOC, o advogado
Arão da Providência fala das principais ações da Associação
no momento.
Arão da Providência
Advogado da ASFOC
Extensão
da GDACT e Adicional de Titulação |
Essas ações, para
as quais estamos tentando conseguir liminares, têm a ver
com a Medida Provisória 2048-26, de 30 de junho deste
ano. No caso da GDACT, entramos com medidas judiciais
para garantir que os aposentados também recebam a gratificação.
A antiga GDCT está incorporada aos salários e foi criada
esta nova gratificação, mas os aposentados ficaram de
fora. Os servidores do IBGE já conseguiram uma liminar
neste sentido, concedendo a extensão da GDACT aos aposentados,
por força de uma decisão da 4ª Vara Federal do Distrito
Federal favorável ao mandado de segurança coletivo impetrado
pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações
Públicas Federais em Geografia e Estatística. Essa decisão
é importante e pode criar jurisprudência para ações de
outros sindicatos e associações como a ASFOC.
Em relação à Gratificação
de Titulação, o governo retirou a incidência do anuênio
e de outras gratificações que recaíam sobre a Titulação.
Com isso, os servidores perderam este percentual maior
que chegaram a receber apenas no mês de julho. O governo
diz que a Gratificação de Titulação é de caráter temporário,
mudou a nomenclatura para Adicional de Titulação e alega
que o anuênio não deveria incidir sobre isso. Nossa ação
visa conseguir a manutenção dos cálculos praticados na
folha de julho.
Foi publicada no Diário
Oficial do dia 25 de setembro a notificação à Fiocruz
para que forneça a ficha financeira e o material necessário
para a elaboração dos cálculos dos 28,86%. Apesar da notificação,
a Procuradoria da Fiocruz parece estar adotando uma estratégia
de não fornecer o devido material. Isso está atrasando
os cálculos e, conseqüentemente, a formação do precatório.
Caso essa situação
continue, vamos tomar providências legais e políticas.
No início de novembro, vamos entrar com uma Petição contra
a Fiocruz, baseada no Artigo 5º da Constituição Federal,
que reserva aos servidores, tanto de forma individual
como coletiva, o direito ao acesso às informações relativas
ao seu histórico financeiro-profissional. Se ainda assim
a Fiocruz não atender à Justiça, vamos ter que pedir a
todos os servidores que consigam, junto à Direh, os contracheques
do período de 93 até hoje.
Temos uma ação pedindo
a contagem especial do tempo para aposentadoria de quem
tem insalubridade, que não é reconhecida pela Secretaria
de Recursos Humanos do Governo Federal. No Regime Geral
da Previdência do INSS, o trabalhador que exerce atividade
insalubre conta um tempo especial, de acordo com uma tabela.
Para o servidor público isso não existe, o governo alega
que não tem norma regulamentadora, quer dizer, o trabalhador
está exposto a agentes químicos e biológicos e, no entanto,
não tem aposentadoria especial em função disso. Por exemplo,
aqui na Fiocruz o servidor recebe adicionais de insalubridade
e periculosidade, mas não tem aposentadoria especial.
O Governo não conta nem o que valia até 1990, quando os
servidores eram celetistas e eram ligados ao Regime Geral
da Previdência. Isso tem que ser feito e estamos entrando
com essa ação com pedido de liminar também, devido a sua
natureza previdenciária.
Nós temos
a ação do Ministério Público, junto com a CUT e o Movimento
Sindical, que está na 29ª Vara Federal e foi julgada procedente
em primeira instância, concedendo a reposição das perdas
em todos os planos. No entanto, como o Supremo Tribunal
Federal deu somente os Planos Verão e Color I, automaticamente
nós vamos perder os demais planos e ficar somente com
estes dois. Esta ação beneficia a todos os trabalhadores
do estado, mas tem um problema: vai demorar dois ou três
anos mais. Quando descer do Tribunal, vai ser executada
com os valores definidos pelo STF.
Estamos estudando
a possibilidade de uma medida específica para o servidor
público, que tem contas inativas paralisadas há mais de
três anos. Porque, com a mudança de regime em 91, não
houve movimentação da conta do FGTS e é possível se conseguir
uma liminar para liberar imediatamente o percentual que
foi autorizado pelo STF. Se o servidor já pode levantar
o principal, o acessório, que é a correção, é mais possível
ainda.
Esta é uma
vantagem pessoal que foi retirada pelo governo em 96,
sob alegação de que não existia uma lei que a regulamentasse.
Isso é ilegal, pois ela já tinha sido incorporada aos
vencimentos e não poderia ser retirada unilateralmente.
Solicitamos aos servidores material que comprovasse que
recebiam a vantagem desde 92 e ajuizamos a ação, que está
aguardando para ser distribuída.
Essa ação é relativa
à conversão da URV para o Real, em 94. Como a data de
pagamento dos servidores do Executivo era no final do
mês, o governo fez a mudança antes disso e comeu este
período de inflação do salário. Isso é ilegal e ele tem
que repor a inflação expurgada com o percentual de 3,17%.
No caso dos servidores do Legislativo e do Judiciário,
como a data de pagamento era diferenciada, eles têm direito
a uma reposição de 11,98%. Nós já ganhamos a ação no ano
passado, foi julgada procedente em primeira instância,
está em segunda instância, já existe uma posição do STJ
de que é devido este pagamento e vamos lutar para receber
o quanto antes.
Diretoria da ASFOC
Álvaro Nascimento Diretor Geral
Rita Mattos Vice-Diretora
Leila Mello Diretora Secretária
Alex Molinaro Diretor Administrativo
Vânia Buchmuller Diretora Sócio-Cultural
Jorge Castro Diretor de Assistência
Mario Homem Diretor de Esportes
SUPLENTES
Rogério Valls de Souza
Else Bartholdy Gribel
Cristiane Moneró
Julio Bandeira de Melo
Nilma Valéria Ferreira
José Mendes Ribeiro
Marilene F. Costa
CONSELHO FISCAL
Antonio Vitor Labre
Justa H. Braga Franco
Maria do Carmo Miranda
Ana Beatriz Almeida
Lúcia Helena da Silva.
DEPARTAMENTO DE JORNALISMO
Tels: (21) 290-7347/ 598-4231
Editora: Simone Beja (Mtb 17664)
Reporter: Gustavo de Carvalho
Programacão Visual: Flávio Tavares
Retorna
Novas frentes
de luta na
Campanha
Salarial
A
campanha salarial da Carreira de C&T vem sendo
implementada há um ano, à base de habilidade política
e, sobretudo, de perseverança e mobilização. Desde
a edição, em junho último, da Medida Provisória
2048-26, que determinou os índices de reajuste
salarial e criou a GDACT, os representantes do
Fórum de C&T vêm realizando reuniões, mobilizando
a categoria e buscando apoio para recuperar o
acordo original firmado no âmbito do Grupo de
Discussão (MCT/Dirigentes das 23 Instituições
da Carreira e Fórum de C&T), do qual a ASFOC
participou.
Recentemente,
alguns fatos trouxeram novas frentes de luta para
a campanha. A principal alegação do Ministério
do Planejamento para não aceitar a íntegra da
proposta definida no Grupo de Discussão era que
o impacto do aumento salarial na folha de pagamento
ultrapassaria a casa dos R$500 milhões estipulados
como teto orçamentário para o reajuste. Após a
aplicação dos percentuais estabelecidos pela MP,
foi verificado, no entanto, que o impacto real
do reajuste foi de apenas R$210 milhões, não chegando
sequer à metade do limite estabelecido pelo Ministério
do Planejamento.
O Fórum de
C&T vem considerando discriminatórios os vários
reajustes concedidos a outras carreiras consideradas
Estratégicas de Estado através das reedições da
MP 2048. Os integrantes do Ciclo de Gestão (entre
eles os do IPEA) estão negociando como o Ministéro
do Planejamento a edição de um Decreto possibilitando
a percepção de 75% do valor máximo de sua gratificação,
linearmente a todos os servidores, a partir de
janeiro do ano que vem, independente de avaliação
de desempenho. Com base nesse argumento, todos
os esforços vêm sendo empenhados para garantir
o cumprimento do acordo original. |
• 80% do valor
máximo da GDACT para todos;
• Manutenção dos valores da GDACT definidos no acordo
com o MCT;
• Extensão da GDACT aos aposentados e pensionistas;
• Equiparação de nossos salários aos de outras carreiras
Estratégicas de Estado.
Fórum quer 80% do valor máximo
da GDACT para TODOS em janeiro
De acordo com a MP
2048-26, "a GDACT é devida aos ocupantes dos cargos
do Plano de C&T, no VALOR MÁXIMO
de 35% para Nível Superior (NS), 15% para Nível Intermediário
(NI) e 5% para Nível Auxiliar (NA), incidentes sobre o
novo vencimento básico. Até a sua regulamentação, prevista
pela MP para o prazo máximo de 31 de dezembro,
os percentuais efetivamente pagos aos servidores estão
sendo de 12,5% para o NS, 5,5% para o NI e 2,5% para o
NA.
Durante a reunião
do Fórum de C&T com representantes do Ministério de
Ciência & Tecnologia (MCT), na primeira semana de
outubro, em Brasília, ficou claro que o Ministério deverá
propor ao Conselho do Plano de Carreiras (CPC) a regulamentação
da GDACT, dentro do prazo limite, através de Decreto.
Para tanto, pretende estabelecer diretrizes gerais de
avaliação de desempenho a serem aplicadas a partir do
início de 2001.
Diante disso, o Fórum
de C&T decidiu apoiar e encaminhar a posição, que
vem sendo defendida por dirigentes de Instituições de
C&T, no sentido de que, a partir de primeiro
de janeiro e até o último dia do ano, sejam aplicados
80% do valor máximo da GDACT a todos os servidores da
carreira, ficando os restantes 20% para serem aplicados
após a avaliação de desempenho.
Nos dias 25,26 e 27
de outubro, foi realizado no Instituto de Matemática Pura
e Aplicada (IMPA) o seminário "Avaliação de Desempenho nas Carreiras de C&T",promovido pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e destinado às
áreas de Recursos Humanos das instituições de C&T.
O Fórum das Entidades Sindicais (do qual a ASFOC faz parte)
questionou a priorização dada ao evento, num momento em
que todos os esforços deveriam estar sendo canalizados
para a melhoria salarial do setor. Mesmo assim, decidiu
aceitar o convite para acompanhar o seminário, destinando
os servidores Álvaro Nascimento (ASFOC), Gilberto Barata
(AFINPI), Marcolino Duarte (ASSEC/CNEN) e Paulo Barela
(ASSIBGE) para participarem na condição de observadores.
O evento contou com 70 participantes de várias Instituições
de C&T.
ASFOC
é favorável
à avaliação de desempenho
(justa e democrática)
A ASFOC defende a
existência de critérios para aferir o desempenho dos servidores
(desde que sejam justos e democráticos), entretanto não
ignoramos as possíveis intenções do Governo ao adotar
esse instrumento. "Tudo indica que, segundo a proposta
do Governo, se o servidor tiver o desempenho classificado
como insuficiente em mais de uma avaliação, ele poderá
ser demitido. Defendemos que, num processo de eventual
demissão, deva ser assegurado ao servidor o direito à
defesa e ao acompanhamento de seu sindicato", diz
Álvaro.
A ASFOC vai realizar
assembléias junto à comunidade marcando a retomada da
Campanha Salarial. Além disso, vai exigir dos quatro candidatos
à Presidência da Fiocruz um posicionamento claro sobre
a necessidade de melhores salários para a área de C&T
e as estratégias para a regulamentação da GDACT. O Diretor
Geral da ASFOC lembra, porém, que defender a melhoria
salarial para a Carreira ainda é função da atual Presidência
da Fiocruz, cujo mandato se encerra em fevereiro de 2001
devendo, portanto, se mobilizar para conseguir o cumprimento
do acordo original com o Grupo de Discussão e o atendimento
às demandas da comunidade.
No Seminário promovido
pelo MCT, apesar da resistência dos organizadores do evento,
o Fórum das Entidades Sindicais aprovou, nos grupos e
na plenária final, a seguinte nota à direção do MCT, exigindo
o aumento do valor da GDACT a partir de janeiro:
O Seminário "Avaliação
de Desempenho das Carreiras de Ciência e Tecnologia"
é um passo importante para a construção de um processo
de Avaliação de Desempenho (AD) nas instituições do setor.
Todavia, é preciso
construir um cronograma para sua implementação. Isso significa
não implementá-lo já, mas utilizar o ano de 2001 para
elaboração e implementação da avaliação. Sua imediata
implantação significará, neste momento, usar a AD apenas
para reajustar salário.
O Decreto de Regulamentação da GDACT deve comportar apenas
princípios e premissas gerais do processo de avaliação.
Entendemos que o Decreto de Regulamentação deve elevar
o valor da GDACT a partir de janeiro de 2001 até a implementação
da Avaliação de Desempenho.
A
gratificação do IPEA é de R$ 4.490
a de C&T é R$ 800, mas...
Secretário
do MCT não vê discriminação salarial de
servidores
de C&T
O Secretário Executivo
do Minitério da Ciência & Tecnologia, Carlos Américo
Pacheco, visitou a Fiocruz no dia 27 de outubro. Depois
de sua palestra sobre "Política Nacional de Ciência
e Tecnologia", na Tenda do Ciência em Cena, ele concedeu
esta entrevista ao Jornal da Asfoc.
Quais são
as possibilidades de se resgatar o acordo original feito
no Grupo de Discussão MCT-Dirigentes-Fórum de C&T,
como o pagamento inicial de uma parcela maior da GDACT
e a inclusão de aposentados?
A implantação do Conselho
do Plano de Carreiras deve trazer um conjunto amplo de
discussões, inclusive as propostas iniciais do Fórum e
do próprio Ministério, que tinha propostas bem diferentes
dessas, com relação ao desempenho, análise das carreiras,
diferenciais entre analistas, pesquisadores e tecnologistas.
Nós queremos que o Conselho estruture uma agenda de trabalho,
queremos evitar que ele funcione só nos momentos muito
próximos ao reajuste. O Ministério tem uma agenda e temos
que levar para a mesa de discussões os problemas que identificamos,
sejam salariais ou de enquadramento de funções. O Conselho
só será um órgão vivo, que funcione tanto do ponto de
vista do gestor quanto do servidor, se ele discutir os
problemas concretos, para que se institucionalize um canal
permanente de diálogo.
Qual é a sua
opinião sobre o tratamento discriminatório que os servidores
de C&T vêm recebendo em relação à questão salarial,
se comparado com servidores, por exemplo, da área de gestão
(IPEA e Banco Central)?
Não creio que se possa
chamar de discriminatório. A União tem diversas carreiras
de naturezas diferentes e a sistemática de concessão de
reajustes de salário não é de um tratamento único e sim
olhando caso a caso. Este ano dialogamos bastante com
o Fórum de Entidades Sindicais de Ciência e Tecnologia
e dirigentes do setor, em um esforço de recomposição da
carreira que creio que foi parcialmente bem sucedido.
O nosso parâmetro de comparação não era a área de gestão,
era o que estava acontecendo no âmbito da Universidade,
que é mais assemelhado ao conjunto das instituições de
pesquisa. Conseguimos que os pesquisadores chegassem ao
que eram os salários vigentes para docentes.
Na reestruturação
do MCT existe a possibilidade do aumento da GDACT ser
considerada prioridade?
A agenda de discussão
é bastante ampla e não tenho dúvida que demandas dessa
natureza serão colocadas. O Ministério está empenhado
na questão da avaliação de desempenho, realizamos um Seminário
com este objetivo que contou inclusive com a participação
do Fórum de C&T. Nossa prioridade imediata é a implantação
do Conselho do Plano de Carreira (CPC) e de um conjunto
de diretrizes sobre avaliação de desempenho, que permita
às unidades formatar os seus programas, de modo que possamos
o mais rapidamente possível tirar benefícios do que já
foi acordado na MP 2048-29, em relação ao restante da
gratificação de desempenho.
Retorna
Espaço Unifoc
Eleições na FIOCRUZ
Antonio Humberto
da Costa
Nós
da UNIFOC, que ainda não participamos diretamente
do Colégio Eleitoral, estaremos atentos, nos
dias 20 e 21 de novembro, quando serão escolhidos,
entre os quatro candidatos inscritos, os três
que comporão a lista tríplice
que será encaminhada ao Ministro da Saúde e
levada ao Presidente da República, para nomear
aquele que for escolhido, em primeiro lugar,
pela Comunidade, para Presidente
da FIOCRUZ, obedecendo, assim, não apenas as
regras estabelecidas, mas dando continuidade
ao processo de democracia e modernidade que
todos nós sempre buscamos para Manguinhos.
A
UNIFOC, com mais de 700 aposentados, é composta
por aproximadamente 85% dos que se aposentaram
a partir de sua criação, ocorrida em 26 de agosto
de 1993. Não fazemos ainda parte do Colégio
Eleitoral, é verdade. Contudo, os nossos laços
de família, dentro da FIOCRUZ, correspondem
ao dobro do que somos enquanto aposentados.
Cruzar
os braços ou ficar alheio ao processo eleitoral
é ser, como dizia Bertold Brecht, "...o
pior analfabeto..."
Todos
temos nossas preferências e vamos participar,
ativamente, sem retaliações ou radicalismo.
O direito de cada um deve ser respeitado, pois
só assim poderemos dizer lá fora que Manguinhos
é, acima de tudo, uma Instituição onde a cidadania
é a garantia soberana de nossas realizações.
Antonio
Humberto da Costa
|
Por
trás da "estabilidade"
do real,
um buraco de mais
de R$ 500 bilhões
Desde que subiu ao
trono, pode-se dizer que FHC realizou pelo menos alguma
coisa verdadeiramente monumental: aumentou a dívida pública
em 716%. Em 1994, ela era de R$ 61,8 bilhões. Seis anos
de mandato presidencial depois, ela está em R$ 504,5 bilhões.
Este brutal endividamento é resultado de uma política
de juros exageradamente altos para manter de forma artificial
o controle da inflação e de altíssimos gastos para socorrer
bancos falidos.
Em
artigo publicado em O Globo, o líder do PT na Câmara dos
Deputados, Aloizio Mercadante, diz que "o processo
de endividamento interno é uma conseqüência direta da
política macroeconômica do Governo, que agravou a vulnerabilidade
externa do país e tornou crítica sua dependência de capitais
externos, criou condições para o ressurgimento da ciranda
financeira, calcada nas operações de emissão de títulos
públicos (...) e nos ganhos dos especuladores propiciados
pela diferença entre as taxas internas e externas de juros".
Para o deputado, "o
atual governo, que aumentou impostos, reduziu o crescimento
econômico e desempregou milhões de brasileiros, transformou
o endividamento público em um mecanismo de desfinanciamento
do Estado e de redistribuição de renda em favor dos grandes
investidores nacionais e estrangeiros".
Diante desta façanha,
parece que FHC errou de assento, seu lugar não é o trono
e sim o "troninho".
Banco Nacional:
R$15 bilhões
e 5 anos depois
Em novembro de 1995,
o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, sofreu intervenção
do Banco Central e teve sua liquidação decretada no ano
seguinte. O motivo é que a diretoria do Nacional, durante
10 longos anos, realizou, nas barbas do Banco Central,
uma "maquiagem" em seus balanços contábeis,
utilizando expedientes como a movimentação de contas fantasmas
e a concessão de empréstimos fictícios.
As quase cinco mil
folhas do dossiê relativo às investigações sobre o banco
andaram "sumidas" nas gavetas da Justiça, mas
acabaram reaparecendo e levando à punição de dois diretores
do Nacional. Eles estão impedidos de exercer atividades
no Sistema Financeiro por 20 anos e outras 39 pessoas
ainda estão sendo investigadas. Cadeia mesmo, retomada
dos bens da família Magalhães Pinto, passados cinco anos,
até agora nada.
Os criminosos de colarinho
branco deixaram um rombo de R$ 15, 217 bilhões, mais da
metade veio do Proer e a outra parte foi sacada das reservas
bancárias para atender aos pagamentos do Nacional. Dos
bilhões de reais injetados no banco, R$ 9,123 bilhões
podem ser pagos com ativos existentes (créditos a receber,
imóveis), mas sobram mais de R$6 bilhões que dificilmente
serão recebidos pelo Banco Central. Isso equivale a 60
orçamentos anuais da Fiocruz.
E cadeia, nada...
De cada
R$ 3 recolhidos como imposto,
R$ 2 vão para os banqueiros
No Brasil de FHC,
a participação do Legislativo na definição do Orçamento
Federal é apenas o preenchimento de um requisito formal.
O economista Dércio Garcia Munhoz, escrevendo sobre a
falta de verbas para a educação na revista da UnB, comenta
que o Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional "tem
caráter autorizativo, e não impositivo". Assim, por
um simples decreto o Executivo pode "mutilar completamente
a peça orçamentária, estabelecendo sem rodeios novos valores
para as diferentes rubricas, dentro de uma escala própria
de prioridades".
A educação, com certeza,
não é uma das prioridades do Governo Federal. As verbas
para educação e cultura, que representavam 21,6% das Receitas
Fiscais do Tesouro em 1989, foram reduzidas a apenas 11,4%
em 1999. Por outro lado, os encargos financeiros da divida
federal, que comprometiam 20% das Receitas Fiscais em
1994, devem levar, até o fim do exercício de 2000, dois
terços dos impostos recolhidos.
O economista afirma
que os encargos financeiros da dívida interna e externa,
que devem superar R$100 bilhões este ano, representam
seis vezes as verbas para educação e cultura de 1999,
cinco vezes as destinadas para saúde e 20 vezes os recursos
para o ensino superior. E conclui que "o governo
dá o caráter de prioridade absoluta aos encargos financeiros
- inclusive por compromissos questionáveis assumidos com
o Fundo Monetário Internacional"
A ordem
vem de cima
Se depender do Banco
Mundial (e como depende), as investidas do Governo Federal
contra os servidores estão longe de acabar. Em recente
relatório, o Banco critica as disparidades entre iniciativa
privada e o funcionalismo federal, sugerindo a redução
de aposentadorias e pensões entre 30% e 70% do salário,
além de insistir na contribuição dos aposentados.
Comentando o relatório
do Banco Mundial, o diretor da Confederação de Trabalhadores
da Seguridade Social, João Militão, diz que o governo
argumenta que o servidor tem privilégios no cálculo da
aposentadoria, "mas o funcionário público contribui
para a previdência sobre o salário integral, enquanto
o desconto na rede privada é sobre um teto de até 10 salários
mínimos". Para o sindicalista, mesmo sem conceder
reajuste há quase seis anos, "o Governo tenta difundir
a idéia de que os servidores são responsáveis pelo déficit
fiscal".
Futebol
e finanças
Bem que diziam que
o "Leão" estava de olho no Luxemburgo.
Retorna
Eleições Presidenciais
na Fiocruz
|
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Com
a tenda lotada por cerca
de 500 servidores... |
os
candidatos debateram Recursos
Humanos e o futuro da Fiocruz |
O futuro da Fiocruz
nos próximos quatro anos será traçado pela comunidade
nos dias 20 e 21 de novembro. Akira Homma, Hermann Shatzmayer,
Paulo Buss e Renato Cordeiro tiveram suas candidaturas
homologadas pelo CD Fiocruz do dia 2 de outubro. O momento
extremamente delicado por que passam a Fiocruz e demais
instituições públicas representa um imenso desafio para
o próximo Presidente, exigindo dele uma grande capacidade
política, administrativa e gerencial. Além de enfrentar
a onda neo-conservadora responsável pelo sucateamento
da máquina pública, o futuro gestor terá que encontrar
soluções para os problemas palpáveis da Instituição, entre
os quais estão uma nova política de recursos humanos,
a indefinição do processo de aprovação do Estatuto; a
qualificação da Fiocruz como Agência Executiva num modelo
diferenciado daqueles até agora propostos pelo ex-MARE
e pelo Ministério do Planejamento; a inserção do instrumento
do Contrato de Gestão, que vai regular a relação da Fiocruz
com suas Unidades e o Governo Federal e, por fim, a implantação
de órgãos colegiados de controle social.
ASFOC
realiza debate
com os candidatos |
A
ASFOC organizou, na segunda-feira, 30 de outubro,
na Tenda do Museu da Vida, um amplo debate entre
os quatro candidatos à Presidência da Fiocruz.
O tema central foi "Recursos Humanos e a
Fiocruz do Futuro" e, mediados pela Diretoria
da Associação, cada candidato teve oportunidades
igualitárias de expor suas propostas sobre esse
e outros assuntos fundamentais para o progresso
da Fundação. O debate contou com a participação
de cerca de 500 profissionais da Fundação. |
Para a Diretoria da ASFOC, independente de quem venha a ser
indicado pelo Ministro José Serra como Presidente da Fiocruz,
é imprescindível que os candidatos se comprometam claramente
a respeitar as cinco cláusulas pétreas aprovadas nos Congressos
Internos. "Isso, por decisão da comunidade, está
acima de candidaturas", explica o Diretor-Geral da
ASFOC, Álvaro Nascimento.
Todos os candidatos
deverão explicitar em seus panfletos, jornais e debates
o compromisso de defender a Fiocruz pública, estatal e
estratégica; de manter sua integralidade institucional;
de reafirmar o compromisso social da Instituição; de assegurar
uma gestão democrática e participativa, com controle social
e, finalmente, de buscar a eficiência e eficácia gerencial.
Comunidade
já pode
comemorar
A realização de novas
eleições diretas na Fiocruz, já tendo sido negociada com
o Ministro José Serra a indicação de uma lista tríplice,
é uma vitória importante da comunidade da Fiocruz. O processo
eleitoral democrático ainda não está contemplado pelo
texto legal do Estatuto da Fundação e, mesmo assim, pela
terceira vez consecutiva a Fiocruz consegue assegurar
o respeito ao modelo democrático de gestão, apesar do
Governo conservador de FHC.
Exatamente pela importância
dessa conquista, em condições tão adversas, os candidatos
têm o dever de manter, até o fim de suas campanhas e efetivamente
em seus mandatos, os modelos de decisão democrática da
Instituição, respeitando as deliberações dos Congressos
Internos, dos Conselhos Deliberativos e a própria indicação
da lista tríplice.
É importante
votar em três nomes visando fortalecer
ainda mais a democracia na Fiocruz, a ASFOC faz um alerta
à comunidade para que vote em três candidatos. Há um risco,
dentro do que foi aprovado no Congresso Interno, de que
não se consiga formatar uma lista tríplice se pelo menos
três candidatos não alcançarem 30% dos votos. Além de
ser constrangedor encaminhar ao Ministro uma lista com
menos de três nomes, será muito desgastante para a Instituição
reiniciar o processo eleitoral para completar a lista
com três nomes.
Campanhas
que
valorizem a Fiocruz
Para evitar constrangimentos
já ocorridos em outras eleições, a ASFOC chama a atenção
para que as campanhas eleitorais mantenham um nível elevado
e tenham como principal foco as propostas institucionais
para a Fiocruz, reconhecendo-a como uma organização complexa,
multidisciplinar, que tem atividades de produção, ensino,
pesquisa, controle da qualidade, assistência e informação.
A Fiocruz deve sair
desse processo eleitoral mais fortalecida e não esgarçada
ou dividida. Não se pode esquecer que campanhas eleitorais
pouco criteriosas causam um tipo de divisão institucional
que acaba fortalecendo a teoria dos inimigos do processo
democrático. Já existem correntes dentro da Fiocruz que
defendem que as discussões e rupturas decorrentes das
eleições, mesmo após finalizado o processo, provocam longos
períodos de enfrentamento interno, o que fragiliza a Instituição
e o processo tão arduamente construído por toda a comunidade.
Retorna
Projeto de Lei
propõe novas regras
para
aposentadoria do Serviço Público
Trechos
do Substitutivo
ao PLP 9/99 |
(...) "Art.
4º - As regras e princípios gerais estabelecidos
nas Leis Complementares que regulam o art. 202
da Constituição Federal aplicam-se às entidades
reguladas pela presente Lei Complementar, obedecidas
as disposições seguintes:
I
utilização, exclusivamente, da modalidade
de contribuição definida, com remuneração das
reservas, durante o período de contribuição, determinada
pela rentabilidade de carteira de fundo de investimento
especialmente constituído, nos termos de regulamentação
estabelecida pela autoridade competente na forma
da lei.
II
aquisição de cobertura por morte e invalidez permanente
e benefício de aposentadoria, sob a forma de renda
mensal vitalícia em entidade aberta de previdência
complementar ou sociedade seguradora de que trata
o parágrafo único do art. 36 da lei complementar
que dispõe sobre o regime de previdência complementar,
de livre escolha do participante, mediante portabilidade
das respectivas reservas individuais acumuladas."(...)
|
A
Associação Nacional dos Fiscais
de Contribuições Previdenciárias (ANFIP) divulgou , no
início de outubro, uma nota dando conta de que o Governo
está encaminhando um substitutivo ao Projeto de Lei 9/99,
que disciplina a aposentadoria dos servidores públicos.
Pelo texto do substitutivo, o pagamento das aposentadorias
e pensões será transferido, após sua concessão, da entidade
fechada (fundos que não estão abertos a terceiros e são
patrocinados por um determinado grupo) para uma entidade
aberta (geralmente bancos e seguradoras do mercado) que
tem o objetivo de lucro.
Além disso, o Governo
pretende também que seja adotada a modalidade de Plano
de Contribuição Definida, que funciona de forma semelhante
a uma caderneta de poupança, onde o servidor vai depositando
a sua contribuição e, quando se aposenta, tem o valor
total depositado dividido pelo período correspondente
à sua expectativa de vida. Por esse sistema, os benefícios
ficam à mercê da rentabilidade das carteiras dos fundos
de investimentos.
O modelo de Contribuição
Definida, além de negar o atual sistema de Previdência
do servidor público, altera totalmente, para pior, o relatório
do Deputado Robson Tuma, que previa o modelo de Benefício
Definido em Previdência Complementar Fechada.
Outro retrocesso é
quanto à definição de "serviço passado" que
foi retirada da proposta de lei complementar, transferindo
ao arbítrio do administrador o estabelecimento do compromisso
do Governo quanto ao tempo de serviço anterior à adesão
ao plano de benefícios de previdência complementar. É
importante que os servidores estejam alertas para a possibilidade
do Governo vir a promover alterações no atual sistema,
de modo a forçar a migração para a nova modalidade, ainda
que ela seja altamente danosa.
A matéria está para
ser votada. Por isso, a ANFIP, o Fórum de C&T e outros
sindicatos e associações representantes dos funcionários
públicos estão divulgando amplamente a notícia entre parlamentares
e colegas, com a finalidade de antecipar esse possível
golpe. A má-fé do Governo está nítida até mesmo pela maneira
como o novo projeto está sendo proposto, totalmente fora
dos parâmetros até então estabelecidos, e em clima de
sigilo. "Fica evidente que estão aproveitando o esvaziamento
do Congresso, ainda em clima de eleições municipais, para
tentar impor um modelo que até então não havia sido objeto
de nenhuma discussão", diz o texto da nota da ANFIP,
que está divulgando a íntegra do substitutivo em sua home
page (www.anfip.org.br).
A ANFIP também está
providenciando estudos através de sua Assessoria Econômica
para municiar os parlamentares com argumentos sobre os
efeitos altamente nocivos da medida.
Retorna
Escola Politécnica:
15 anos de ensino técnico de qualidade
A Escola
Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) comemorou
seus 15 anos de existência com o seminário "Os Desafios
da Educação Profissional na Formação de Recursos Humanos
para a Saúde no Brasil", com a participação de convidados
que se destacam nacionalmente nesta área. O aniversário
da Escola, que contou também com uma programação festiva
e uma exposição histórica, foi uma oportunidade de reafirmar
seu compromisso com a educação pública e com um sistema
público de saúde de qualidade.
Ao longo desses anos,
a EPSJV vem realizando atividades inovadoras na área de
formação de recursos humanos em Saúde, desempenhando um
papel estratégico como órgão de referência na formação
de pessoal de nível médio para o SUS. A Escola participa
de uma rede de 25 escolas de formação técnica na área
da saúde, compartilhando experiências e influenciando
na construção de um modelo para a capacitação de profissionais
das esferas públicas federal, estadual e municipal.
Para a Diretora da
EPSJV, Profª Tânia Celeste, "quando se comemora 15
anos em uma instituição centenária, isso é um sinal de
crescimento, que se deve ao entusiasmo dos profissionais
da Escola e ao apoio daqueles que confiam em nosso projeto,
nos estimulando com novos desafios, aí incluídos os colegas
de outras Unidades da Fiocruz". Como reconhecimento,
a Escola prestou uma homenagem especial, durante as comemorações
do aniversário, a alguns dos que participaram de sua história
e desenvolvimento.
Segundo a Profª Tânia
Celeste, a Escola Politécnica tem acompanhado intensamente
o debate sobre o futuro da Fiocruz e sua transformação
em Agência Executiva. Ela deposita esperanças de que este
processo "traga maior flexibilidade para a questão
dos recursos humanos, pois temos um número significativo
de profissionais com vínculos precários". Esta é
uma das maiores dificuldades para a consolidação do projeto
institucional da Escola, "para que possamos devolver
à sociedade o que ela espera de um órgão público".
Retorna
Novo
prazo
para a assinatura da
autorização genérica
Foi
prorrogado para o dia 30 de novembro de 2000 o
prazo para a assinatura da "autorização genérica".
O documento
foi elaborado pela Assessoria Jurídica da ASFOC
com o objetivo de evitar que o servidor tenha
que assinar uma autorização diferente toda vez
que a ASFOC precisar representá-lo em ação contra
o Governo.
Servidores
da ativa e APOSENTADOS, que ainda não assinaram
o documento, devem fazê-lo com máxima urgência.
A listagem
estará disponível na Secretaria da ASFOC até o
dia 30 de novembro de 2000.
Não é preciso
reconhecer firma ou trazer qualquer documento.
Garanta
o seu direito de ser representado judicialmente
pela Asfoc em todas as ações
por lesões decorrentes das relações
de
trabalho com a União. |
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